San Lorenzo exorciza 'azaro' Nacional e conquista ttulo indito da Copa Libertadores 4u4d2n

Fundado no longnquo ano de 1908, o San Lorenzo viveu o momento mais importante de sua histria nesta quarta-feira. Em Nuevo Gasmetro, o Cicln recebeu o Nacional e confirmou seu favoritismo, vencendo de maneira indita a Copa Libertadores da Amrica. Os comandados de Edgardo Bauza triunfaram por 1 a 0, com gol de Nstor Ortigoza, e fizeram a alegria da massa azul e gren, abenoada com o apoio de um ilustre torcedor: o Papa Francisco.

Assim, o clube de Buenos Aires encerra o estigma de ser o nico clube expressivo do territrio alviceleste sem ter conquistado a principal competio do futebol sul-americano, igualando as conquistas de Racing (1967), Argentinos Juniors (1985) e Vlez Sarsfield (1994). Neste contexto, o Newell’s Old Boys fica sendo a nica equipe do pas a chegar em decises sem ter vencido nenhuma delas, amargando dois vice-campeonatos: 1988 e 1992.

Alm da taa, acompanhada da premiao financeira, o Corvo garantiu vaga no Mundial de Clubes, que ser disputado entre os dias 10 e 20 de dezembro, no Marrocos. At o momento, tambm selaram presena no torneio Real Madrid, Cruz Azul, Auckland City-NZE e Moghreb Ttouan, representante da sede.

Responsvel por encerrar a hegemonia brasileira, que conquistou os ltimos trs ttulos da Libertadores, com Santos (2011), Corinthians (2012) e Atltico (2013), a Argentina dispe do maior ganhador da competio: o Independiente, detentor de sete ttulos (1964, 1965, 1972, 1973, 1974, 1975 e 1984). O pas tambm conta com os vitoriosos Boca Juniors (6), Estudiantes (4) e River Plate (2).

Nacional aproveita ‘efeito contrrio’, mas sofre gol em falha individual

No incio de partida, a festa promovida pelos torcedores azuis e grens nas arquibancadas do Nuevo Gasmetro teve efeito contrrio: o San Lorenzo se mostrou assustado e viu o Nacional, com desenvoltura, tomar conta do jogo. Logo no primeiro minuto, Mercier errou e no meio-campo e arquitetou o contragolpe visitante. Aps boa trama na rea, Oru finalizou firme, rasteiro, e carimbou a trave esquerda de Torrico.

Adiantando a marcao, o Mais Querido voltou a pressionar o Cicln. Aos 17 minutos, Melgarejo disputou com dois defensores, ficou com a bola e rolou para trs, para Torales. O meia finalizou forte e assustou o goleiro adversrio, concluindo esquerda da trave. Com 27 jogados, Oru escapou em velocidade e serviu Bareiro na rea. O centroavante caiu, em contato com a marcao, e pediu pnalti. O rbitro brasileiro Sandro Meira Ricci, bem postado, mandou seguir.

Superior em campo, o Tricolor de Assuno sofreu o primeiro gol em falha individual. Aproveitando sobra de bola na rea, Cauteruccio esboou uma finalizao acrobtica e viu Coronel interceptar a investida com o brao. Acertadamente, o juiz brasileiro marcou pnalti, que Nstor Ortigoza converteu com calma e preciso, deslocando Don.

Mesmo com a vantagem em mos, os comandados de Edgardo Bauza seguiram sofrendo as agudas chegadas paraguaias. Quando o relgio apontou a marca dos 44, Julin Bentez avanou pela ponta esquerda, cortou a marcao e chutou colocado, mandando rente trave esquerda de Torrico, que apenas olhou. No ataque seguinte, Torales tambm experimentou da intermediria e levou perigo.

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Fogo dentro e fora das quatro linhas

No incio do perodo complementar, uma cena chamou ateno: um bolo formado por papis higinicos arremessados pelos torcedores mandantes pegou fogo e exigiu a interveno dos bombeiros. Em campo, o clima quente se fez presente com a bola no p. Aos oito minutos, aproveitando bola espirrada pela defesa paraguaia, aps escanteio da direita, Hctor Villalba finalizou firme, mas mandou esquerda de Don. A resposta do Nacional veio com 12 jogados: em cobrana de falta, Marcos Riveros alou a bola na rea, mas nenhum companheiro seu desviou.

Quando o relgio apontou a marca dos 20, Sandro Meira Ricci expulsou um gandula, responsvel por retardar a reposio das bolas. Tal atitude foi um reflexo da postura azul e gren, que se retraiu. Assim, o Nacional seguiu pressionando e reclamou de outro pnalti. Acionado na rea, Bareiro acabou empurrado por Cetto, que utilizou as duas mos nas costas do centroavante. Porm, o juiz mandou o dianteiro visitante se levantar.

Com 32 jogados, o Mais Querido desperdiou uma chance clara para empatar: aproveitando sobra de bola na rea argentina, Bareiro, cara a cara com Torrico, finalizou por cima do travesso. Aos 42 minutos, o dolo Romagnoli deixou o campo aos prantos, para a entrada do defensor Kannemmann. Retrado, o San Lorenzo soube conter os mpetos mandantes para batizar a Amrica, na despedida de seu camisa 10.

SAN LORENZO1x0 NACIONAL

SAN LORENZO
Torrico; Buffarini, Cetto, Gentiletti e Emanuel Ms; Mercier, Hctor Villalba (Kalinski), Nstor Ortigoza e Romagnoli (Kannemann); Cauteruccio (Vern) e Mauro Matos
Tcnico: Edgardo Bauza

NACIONAL
Don; Coronel, Piris, Cceres e Mendoza; Marcos Riveros, Torales, Melgarejo (Luzardi) e Oru (Montenegro); Julin Bentez (Julio Santa Cruz) e Bareiro
Tcnico: Gustavo Mornigo

Local: Estdio Pedro Bidegan (Nuevo Gasmetro), em Buenos Aires
Data: 13 de agosto de 2014, quarta-feira
rbitro: Sandro Meira Ricci-BRA
Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho-BRA e Marcelo Carvalho Van Gasse-BRA
Cartes amarelos: Mercier (SAN); Coronel, David Mendoza e Julin Bentez (NAC)
Gol: Nstor Ortigoza (de pnalti, aos 35’ do 1T)