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Fifa teve que dividir as atenes com a onda de protestos brasileiros 1l4nh

Cartazes criticavam a entidade, e at os patrocinadores foram afetados 6d5j57

Emmanuel Macdo

Rodrigo Antonelli

Publicao: 4d4943

01/07/2013 12:01

Atualizao: 184c30

01/07/2013 12:05

O primeiro grande evento que o Brasil se props a organizar acabou. A Copa das Confederaes teve a final ontem e agora faz parte do ado. Porm, o que deveria ser motivo para discusses nas ruas, boles de torcedores e grandes manchetes dos jornais do mundo em junho, acabou ofuscado pela onda de manifestaes pelo Brasil.

Nas redes sociais, as fotos compartilhadas nos estdios de Braslia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Recife, Fortaleza e Salvador foram engolidas pelas postagens inflamadas dos protestos pelo pas. Para piorar, muitas das manifestaes ocorreram na regio onde os estdios esto construdos, em uma clara insatisfao da populao com o dinheiro gasto no evento e na falta de qualidade nas escolas e nos hospitais. “Deu para notar uma ateno bem menor para a Copa das Confederaes mesmo. Os protestos tomaram conta de todos os jornais. Acho isso muito legal, porque mostra com o que o povo realmente se importa”, diz a assistente de enfermagem Jaqueline Andrade, de 26 anos.

Jaqueline apenas uma das vrias vozes ouvidas pelo Correio nas ruas. “Sade, educao e segurana so muito mais importantes do que o futebol. Que bom que esses assuntos esto no centro da discusso na imprensa, e no a Copa das Confederaes”, concorda Juliano Ferreira, 25 anos, programador de computador.

Iano Andrade/CB/D.A Press
Protestos reuniram mais de 2 milhes de pessoas em vrias cidades

O pedido das pessoas vem pouco dias antes de Luis Fernandes, secretrio executivo do Ministrio dos Esportes, anunciar que o oramento da Copa do Mundo atingiu R$ 28 bilhes. No mesmo momento em que esse nmero foi divulgado, Fernandes lembrou que no foi tirado dinheiro de outras reas para colocar na Copa. Para 2013, o oramento prev R$ 71,7 bilhes para a educao e R$ 87,7 bilhes para a sade.

Fenmeno raro
O discurso das pessoas pode at ser surpreendente, j que, nos ltimos anos, o pas tinha “adormecido” em relao a grandes protestos. E, com o futebol sendo o principal esporte do Brasil, era de se esperar um envolvimento maior das pessoas. “ um fenmeno raro na nossa sociedade. No Brasil, o futebol sempre ocupou um lugar de muito interesse e chegou a ser usado para encobrir questes polticas. Dessa vez, porm, o povo se mostrou mais preocupado com o futuro do pas do que com o futebol”, afirma o socilogo Andr Frana, lembrando que at os participantes da Copa das Confederaes tiveram de falar sobre o assunto. “As vozes das ruas foram mais fortes, obrigando todos os envolvidos a se posicionarem, de jogadores a dirigentes”, concluiu.

Com os dois eventos no Brasil — Copa das Confederaes e Copa do Mundo —, a Fifa vai lucrar aproximadamente R$ 4 bilhes. Joseph Blatter, presidente, j disse, em outros tempos, que na Copa do Mundo que a entidade consegue mais de 90% das receitas para a prpria existnia e para a organizao de todos os eventos em que ela chancela. E no na venda de ingressos em que est a maior parte da receita. Esse dinheiro proveniente das empresas patrocinadoras, que apostam na superexposio de suas marcas durante os grandes eventos.

Com o torneio em segundo plano, alguns patrocinadores chiaram, principalmente os nacionais, que apostaram na competio como uma forma de fortificar a marca. Entre os patrocinadores tradicionais, a Adidas foi a nica que se manifestou publicamente. Na semana ada, em evento da prpria empresa para apresentar as metas de crescimento, o diretor geral da multinacional no Brasil, Fernando Basualdo, comentou: “Esperamos que os governantes e as partes interessadas ouam as mensagens nacionais e busquem uma soluo rpida”. Mesmo pedindo por solues, o diretor de maketing, Rodrigo Messias, na ocasio, considerou a competio “um xito total”. “No tivemos impactos negativos para a marca”, disse.

Em contato com o Correio, Ricardo Wolff, diretor de Marketing Institucional da Johnson & Johnson no Brasil, uma das patrocinadoras especficas da Copa das Confederaes, prefere no se alongar quando perguntado sobre a relao entre a competio e os protestos. “Entendemos que esse um momento importante na histria do pas e apoiamos o direito de todos de manifestarem suas opinies de forma pacifica.”

O balano final da maior parte das empresas em relao competio ainda no foi fechado. Mas certo que quem investiu milhes no ficou satisfeito com as imagens de tanto vandalismo correndo mundo afora.

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