Copa do Mundo
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MINAS E AS COPAS 2e572g

Reprteres e ex-profissionais do EM contam os bastidores das Copas 3tx2t

Jornalistas da redao e ex-profissionais relatam momentos marcantes que acompanharam de perto nos Mundiais 1q16d

postado em 23/04/2018 20:15 / atualizado em 23/04/2018 20:18

Sob o signo da inovao 2l6m46

“Tinha 28 anos e ia diariamente acompanhar a construo do estdio. Pela primeira vez haveria jogos da Copa em BH. Era uma empolgao maior do que a de hoje. Na estreia, o estdio ficou vazio. Todo mundo estava guardando dinheiro para ver Inglaterra x Estados Unidos. Espervamos uma reedio dos massacres do Coliseu, com muitos gols dos ingleses, mas o que se viu foi a maior zebra internacional da poca. O jogo de inaugurao foi pouco empolgante. Ningum conhecia aquelas equipes. Espervamos que fosse mais emocionante, como seria o de ingleses e americanos. Aquela, sim, foi uma grande partida.”

Plnio Barreto (1922-2015), jornalista, em depoimento aoEstado de Minasem 2012 275w5m

1986, dedo no telex 2i932

“Hoje, basta um aparelhinho do tamanho de um mao de cigarros para o reprter cobrir uma competio esportiva com textos, imagens e voz. Mas em 1986, quando eu e Jorge Gontijo partimos rumo ao Mxico, sozinhos, para trazer aoEMas emoes boas e ruins da 13 Copa do Mundo, era diferente. Carregvamos o laboratrio fotogrfico. Singelas duas caixas. Juntas, cobririam a carroceria de uma caminhonete.

A parafernlia ocupava todo o banheiro do quarto do hotel. E o texto? Via telex, uma mquina jurssica oferecida pelo centro da imprensa da Fifa. Antes de comear a disputa, o Brasil ficou a 70 quilmetros da Cidade do Mxico. A ligao? Uma rodovia que dava de 7 a 1 no Anel Rodovirio. Em perigo. Viagens de txi. Fazia-se a cobertura, voltava-se capital.

O Jorge trancava-se no tal laboratrio e eu corria para a fila do telex redigir cerca de 300 linhas, divididas em vrias matrias. Depois, em Guadalajara, local dos jogos da primeira fase, a Seleo se instalou tambm distante da cidade. Batalha diria semelhante da Cidade do Mxico, das 6h s 22h. E mais: com trs horas a menos no fuso. Laboratrio, telex... e ainda h quem amaldioe a tecnologia.”

Arnaldo Viana, cobriu a Copa de 1986, no Mxico, para oEstado de Minas 2i152t

Profecia de um garoto 426q6l

"Primeiro semestre de 1993. O reprter Gilberto Santana, doDirio da Tarde, entra na redao doEstado de Minas, ainda na Rua Gois, em companhia de um garoto de 16 anos. Ele era magro, estava ligeiramente tenso, e observava, irado, todos os detalhes do imenso e barulhento salo apinhado de profissionais correndo contra o tempo. Era Ronaldo Lus Nazrio de Lima, a nova promessa do Cruzeiro.

Tratei de quebrar o gelo:

– Seja bem-vindo a Minas. Preparado para jogar em um grande clube? Como voc desenha o seu futuro?
– Estou um pouco assustado, mas normal. Venho do So Cristvo, clube humilde, para tentar a sorte no Cruzeiro. Olha s o tamanho da encrenca (e sorri discretamente).
De repente estou em um clube gigante. S sei que vou ter de trabalhar, suar a camisa pra valer. Meu primeiro objetivo ser titular no Cruzeiro. O segundo chegar Seleo Brasileira.
– Com essa combinao voc estar seguindo o caminho de Jairzinho, o Furaco da Copa de 70, que brilhou tanto no Cruzeiro quanto na Seleo.

– Tomara que sim. Jairzinho foi quem me indicou ao Cruzeiro. Quem sabe eu consiga seguir os os dele? Ronaldo nunca foi profeta, certo, mas, confesso, poucas vezes vi profecia igual. Em pouco tempo ele era titular absoluto no Cruzeiro, marcando um caminho de gols, no atacado e no varejo. E mais: j vestia a camisa da Seleo Brasileira principal, com direito a saborear, na estreia, uma vitria de 2 a 0 sobre ningum menos que a Argentina.

Era o dia 23 de maro de 1994, num amistoso no Estdio do Arruda, em Recife, diante de 82 mil torcedores. Entrou no lugar de Bebeto, o autor dos dois gols. Naquele mesmo ano, Ronaldo faria parte da Seleo campe mundial na Copa que teve os Estados Unidos como palco. Da em diante, todos os fs do futebol, mundo afora, sabem, de cor e salteado, como foi a impressionante trajetria do garoto pobre de Bento Ribeiro, subrbio do Rio, que conquistou o planeta. Mas, c entre ns, o apelido “Fenmeno” ainda muito pouco, muito modesto, para se referir ao craque genial que encantou todos ns."


Daniel Gomes,editor de esportes doEstado de Minasna dcada de 1990

Tecnologia dentro e fora de campo 6t2w4r

“O melhor do futebol mundial aos olhos da tecnologia. Assim pode ser descrita a cobertura da Copa do Mundo na era da internet. Desde 2006, quando comecei a trabalhar como reprter do siteSuperesportes, a competio vem ando por profundas transformaes na mdia.

Em 2006, na Copa da Alemanha, as imagens, com galerias de fotos em destaque, j eram o grande ‘filo’ da cobertura na internet. J na frica do Sul, as mdias apostaram alto nos vdeos e em novas tecnologias, com o surgimento dos tablets. A web mvel ganhou fora, com avano dos smartphones.

O contedo ou a ser colaborativo dos prprios internautas, que difundiam opinies e contedos postados nas redes sociais. A Copa do Mundo no Brasil j teve a cobertura voltada para as mdias mveis. Com celulares em alta, a tecnologia 4G facilitou ainda mais a transmisso de dados pela internet.

Para a Copa da Rssia, a tecnologia uma aposta dentro de campo, com o advento do chip eletrnico na bola, mas tambm fora dos gramados. Vdeos postados no YouTube e nos Stories permitiro que os fs tenham papel ainda mais relevante fora das quatro linhas.

Contedos prprios nas redes sociais, favorecidos por cmeras de altssima resoluo e velocidade de conexo so apostas para a cobertura cada vez mais eletrnica da festa do futebol. Memes, galerias de fotos, vdeos e fotos compartilhadas...o futuro est na cmera de um celular.!”

Vicente Ribeiro, reprter do portalSuperesportesdesde 2006 1le64