
Enviado especial
Samara - A histria completa 60 anos e no se sabe ao certo se foi verdade ou se uma das tantas lendas envolvendo Man Garrincha. Pouco antes da partida entre Brasil e Unio Sovitica, pela fase de classificao da Copa do Mundo’1958, Vicente Feola traou uma estratgia infalvel para superar os soviticos, explorando os toques de bola de Didi e Vav e a velocidade do ponta do Botafogo. Desconfiado, Man ouviu tudo e, ao fim da preleo, perguntou: “Mas o senhor j combinou com os russos?”.
Feola no combinou com os russos, mas a vitria veio com gols de Vav: 2 a 0, na sueca Gotemburgo, mesmo resultado do triunfo de ontem do Brasil sobre o Mxico, pelas oitavas de final da Copa do Mundo, em Samara.
Samara uma cidade agradvel s margens do Rio Volga que, ontem, com o termmetro na casa dos 35C, mais parecia o litoral brasileiro. E quem saa da regio central da cidade para ir at o recm-inaugurado estdio ava por uma srie de murais na lateral dos prdios residenciais da Avenida Lnin. Um deles, lembrava a derrota do Brasil para a Frana, por 3 a 0, na final da Copa de 1998; outro, homenageava Lev Yashin – o maior dolo do futebol sovitico, que em 1958 foi buscar no fundo do gol as duas bolas de Vav na campanha do primeiro ttulo mundial.
Entre as pinturas, estava Man Garrincha (foto) ocupando toda a lateral de um prdio de 12 andares, voltado para a principal avenida de Samara, com a camisa listrada do Botafogo e outra com a camisa da Seleo Brasileira, em 1962, edio em que carregou o time nas costas para o bicampeonato. Man sendo Man – at no interior da Rssia.